Esse espaço é destinado a motivar e ajudar todos aqueles que estão tentando se tornar um Auditor Fiscal do Trabalho (AFT), inclusive eu, claro. Ele é parte da minha estratégia de estudo para passar nesse concurso que está cada vez mais concorrido e difícil, assim como outras carreiras.
Vamos trocar ideias, experiências, textos, materiais livres, informações, dicas e tudo o mais que pode ser útil rumo à conquista do sonho.
Sintam-se a vontade para criticar, sugerir, publicar textos, posts, comentar, compartilhar…
Sobre o Blog
No Futuro AFT vou publicar textos relacionados às disciplinas que tradicionalmente são cobradas no concurso e dicas de estudo que aprendi e estou aprendendo para que possamos trocar ideias.
Meu objetivo é compartilhar aquilo que estou estudando e motivar outras pessoas a compartilharem também seus conhecimentos para que possamos nos ajudar nessa caminhada.
A minha estratégia é estudar um tópico, fazer exercícios sobre e ele e escrever sobre o assunto ou sobre algo relacionado.
Também, aos poucos, vou implementando algumas ferramentas que podem ser úteis, como o grupo de email Futuro AFT (futuro-aft@googlegroups.com) que vocês podem se associar e, assim, podermos trocar informações de forma mais direta.
Caso alguém queira entrar em contato por algum motivo, na barra lateral do blog há um espaço destinado a isso.
7 erros e 4 acertos!
Pouco antes de me graduar, havia decidido que, assim que concluísse o nível superior (em dezembro de 2005), iria estudar para me tornar Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB). Os motivos para isso eram: remuneração, reconhecimento e relevância, nessa ordem de importância (1º erro).
Então, depois de um ano de adaptação pós-formado e empregado, entre o final de 2006 e o início de 2007, procurei alguns cursinhos preparatórios e, como era muito ansioso e inexperiente nesse mundo concurseiro, perguntava sempre em quanto tempo normalmente as pessoas passavam para AFRFB. A resposta era sempre a mesma: 2 ou 3 anos. Puts, isso me deixava extremamente desanimado, pois estava acostumado a estudar um ano (vestibular), fazer a prova e reprovar ou passar. Então, quando me davam essa resposta, eu entendia que o curso não era bom o bastante pra mim, e não me matriculava. O que aconteceu? Não me matriculei em nenhum curso e comprei alguns livros para começar a estudar (2º erro). Consequência: um ano depois não tinha estudado nada, só tinha perdido tempo. Lição: deixar de ser arrogante e entender que era mais fácil com a ajuda de outros, principalmente daqueles que eram profissionais do ramo.
Tudo que acontece na vida pode ser motivador ou desmotivador, obviamente. Só depende de como você interpreta os acontecimentos e toma suas decisões a respeito.
Então, no início de 2008 procurei um cursinho (1º acerto). Nessa época estavam estourando os cursos telepresenciais e tinha um bem próximo de onde morava. Lá descobri que tinham colegas de trabalho também com o mesmo objetivo. O que era muito bom, pois trocávamos muitas ideias, experiências, livros.
Durante aquele ano, fazia o cursinho e tentava revisar as matérias nos finais de semana. Era um pouco pesado, pois meu trabalho era cansativo e o curso ia até 11h da noite. Então não tinha muito tempo. Além disso, precisava de vida social, o que também consumia uma boa parte do meu tempo e energia. Mas consegui terminar o curso e estudar por um tempo.
Mudou o ano, perdi contato com meus amigos de estudo, mudei de função no emprego, aumentou muito minha carga de trabalho, noivei, juntei os trapos, deixei o estudo para depois (3º erro - deixar os estudos para depois, só pra ficar claro!). Ao longo daquele ano fiz o concurso para a ANAC e o para a ABIN. O objetivo agora era essencialmente mudar de emprego mantendo remuneração equivalente (4º erro). Estava atirando para tudo que era lado. Consequência: sem estudar é muito difícil passar, logo, reprovei nos dois! O pior, desanimei com as reprovações e não consegui voltar a estudar.
No segundo semestre de 2009, quase que ao mesmo tempo, mudei de local de trabalho e saiu o edital para AFRFB, tradicionalmente realizado pela ESAF. Essa é aquela hora que bate o desespero. O concurso que você queria, sonhava, você ciente de que não está preparado e tem aproximadamente 60 dias para fazer o que não fez em 2 anos!
Fiz a inscrição e comecei a estudar igual louco. Estratégia usada: comprei alguns cursos em PDF no Ponto e reli livros. Chegava em casa depois do trabalho e estudava até a hora que Morfeu me vencia. Acordava, incrivelmente, sem despertador, entre 3:30h e 4h. Voltava a estudar até a hora de ir para o trabalho. Trinta dias antes da prova, tirei férias e estudava o dia inteiro, enquanto o corpo e a mente aguentavam. Como, antes de sair o edital, as disciplinas que eu mais tinha estudado eram Tributário, Contabilidade, Constitucional e Administrativo, não dei muita atenção a elas (5º erro).
Não dá pra dizer que a estratégia estava errada, por que eu estava no desespero, não sabia todo o conteúdo, tinha feito poucos exercícios, enfim, não tinha saída. Resultado, não tirei o mínimo na matéria que eu achava que mais sabia, Tributário. Enquanto que todos os meus amigos que tinham começado a estudar junto comigo naquele curso telepresencial em 2008 e permaneceram estudando hoje são Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, graças a seus esforços, à dedicação e à determinação. Lição: concurso é estudar até passar (lema de William Douglas) e nunca negligenciar nenhuma matéria, principalmente aquelas essenciais para o cargo, por mais que você ache que sabe o suficiente.
O descobrimento

Quando comecei a estudar, gostei de cara de Direito do Trabalho, mas achei incrivelmente chata SST. Achava que as NR eram pura decoreba (e talvez fossem mesmo) e eu nunca fui bom em decorar nada. Li todas as que caiam no concurso, fiz resumo e tentei revisar todas. Não fiz exercícios (sempre um erro). E, como já tinha aprendido a lição, decidi que não iria negligenciar nenhuma disciplina.
Óbvio que não deu tempo de aprender tudo e não consegui o mínimo em SST. Mas fiquei "feliz", pois quase tinha gabaritado Português, Inglês, Direito do Trabalho, Constitucional e Administrativo.
Depois disso, achei que precisava de um pouco de descanso (6º erro). Além disso, iria casar em breve (prestar contas à sociedade do "juntamento" de trapos), queria aproveitar a lua de mel e curtir a vida de casado (sem piadinhas! rs).
Voltando de lua de mel, meu chefe ficou sabendo que eu estava fazendo concursos e me "convenceu" a fazer pós-graduação (duas ao mesmo tempo), e cobrou mais de mim no trabalho. Achando que ia dar conta, caí na cilada e topei o desafio (7º erro). Além disso, comecei a ajudar trabalhando voluntariamente em uma ONG. Houve momentos em que trabalhei 14h/dia e o final de semana, na ONG. Consequência: sobrecarga e depressão.
Depois de algum tempo de terapia e sem estudar mais nada para concurso, decidimos mudar de cidade, de estado, de região (3º acerto). Abril de 2012. Após o período de adaptação no novo local de trabalho, na nova cidade, na nova casa, concluída uma pós, com a vida mais tranquila e com o psíquico restabelecido (obrigado Regina), consegui voltar a estudar para AFRFB.
Menos de um mês depois, saiu o edital AFRFB 2012. Eis que passa um filme na cabeça de 2009/2010. Mas a esperança nunca morre. Voltei a estudar loucamente, montei um cronograma de estudos (depois mostro como) e comecei a labuta árdua, fazendo muitos exercícios e sem negligenciar nada. Duas semanas depois fui fazer a inscrição: tinha passado o prazo! Nunca acreditei que alguém pudesse perder o prazo de inscrição para um concurso tão importante até aquele dia. Mas Ele escreve certo por linhas tortas, e nada nessa vida nada é por acaso, não é?
Reordenei meu rumo e, como no passado o concurso para AFT tinha saído logo após o da Receita, decidi estudar para esse cargo.
AFT 2012/2013
Comecei a estudar para AFT da mesma forma que tinha recomeçado para AFRFB: montando o programa de estudo e reunindo o material necessário, tudo com base no edital anterior.
Diferente de antes, estava morando muito longe do trabalho, o que dificultava um pouco. Então baixei umas aulas do EVP, converti em arquivo de áudio, e colocava no carro no trajeto casa-trabalho-casa. Rendeu bastante. É uma técnica que recomendo.
Como no passado, achava que o edital sairia logo após a segunda fase do AFRFB 2012, mas isso não aconteceu. E eu fui ficando mais ansioso. Primeiro para acabar com o programa do edital anterior e segundo para ver algum resultado mais concreto do meu estudo. O começo tinha sido muito produtivo, mas, com o passar do tempo, fui perdendo a motivação e diminuindo o ritmo de estudo (erro recorrente).
Até que chegaram as festas de final de ano. Tirei uns dias de férias que iam vencer e, quando voltamos, surgiu a oportunidade de nos mudarmos para um lugar mais próximo do trabalho. Era tudo o que queria (mas não deveria).
A mudança se tornou uma desculpa para não estudar. Sempre tinha algo para arrumar na casa. Algumas coisa para comprar. Inventei de confeccionar umas estantes para guardar uns livros e uma mesa de estudos que eu não tinha. Aquilo me tomou uns meses. Ao mesmo tempo comecei a pensar que minha atual atividade não era tão ruim assim e que a remuneração até que era satisfatória.
Hoje vejo que tudo isso era reflexo de uma preguiça derrotista e medo do fracasso. Tem um livro antigo que uma amiga me emprestou uma vez que fala sobre isso. Vou pedir para escrever sobre isso.
Voltando. Da mesma forma que achava que o trabalho não era tão ruim, ele mesmo, aquele trabalho, mostrava repetida vezes que era sim e que eu não tinha o perfil para aquilo. Até que tomei vergonha na cara e voltei a estudar.

Enfim fim. Dei novamente o máximo que pude. Tirei novamente férias (pode parecer que não, mas só tenho 30 dias/ano de férias igual a quase todo mundo). Fiz nova programação. Agora tinha que dar conta de Contabilidade (que já tinha esquecido os conceitos), me aprofundar em Economia do Trabalho (pois iria cair questões discursivas também) e Direitos Humanos. Sem esquecer as demais, principalmente SST e Legislação do Trabalho.
As provas da primeira fase (manhã e tarde) vieram totalmente estranhas. As NR quase não foram cobradas. Vieram uma questões loucas sobre doenças do trabalho que achava absurdo se caíssem (e caíram). Enfim, uma total incerteza sobre o resultado. Mas, embora soubesse que não tinha feito uma boa prova, ainda tinha esperança.
Veio o gabarito provisório junto com um balde de água fria para várias pessoas. Questões eu tinha certeza o gabarito dizia o contrário. Começaria a fase dos recursos (depois posto eles aqui). Só eu fiz 17, pelo menos 12 com fundamentações inquestionáveis (para mim, claro).
No dia 01/10/2013 saiu a sentença (gabarito definitivo manhã e tarde). Teria que me dedicar mais para alcançar o sonho. E aqui nos encontramos.
Projeto AFT 2015/2016
Como, até o memento em que escrevo este post, ainda não saiu o resultado da segunda fase do AFT 2013, marcado para dia 30/10/2013, ainda não sabemos se irão passar candidatos suficientes para completar as vagas disponíveis. De qualquer forma, não acredito que sairá algum edital antes de 2015. Assim, irei montar minha programação da seguinte maneira:
- Como forma de me motivar, irei manter o Futuro AFT e tentarei publicar matérias sobre as disciplinas que estarei estudando. Também espero que muitas pessoas com o mesmo objetivo - tornar-se um Auditor Fiscal do Trabalho - embarquem nessa viagem e participem do blog enviando textos, posts e, principalmente, pelo grupo de email.
- As matérias serão as do edital de 2010 e as de 2013, pois, teoricamente, temos tempo. Embora eu não acredite que caia novamente contabilidade, mas, mesmo assim e não gostando da matéria, tentarei dar uma reforçada para não cair novamente. Para quem não tem tempo, recomendo deixá-la um pouco de lado e focar nas que são certas de cair, depois sim ampliar o estudo.
- Vou procurar fazer uma atividade física, seguindo os ensinamentos do mestre William Douglas, e continuar com a minha fé em Deus.
O que você achou? Compartilhe sua experiência conosco, suas angústias, seus aprendizados, suas críticas. Comente abaixo.
Boas noite meu caro!
ResponderExcluirEsse é o segredo: estudar a té passar! Também estou estudando para AFT mas como planejamento a longo prazo (2 anos).
Obrigada pela generosidade ao dividir conosco as suas experiências de batalha e superação. Que venham muitas vitórias!
ResponderExcluirBacana o texto.
ResponderExcluirContinue firme. Boa sorte!
Muito bom dividir sua luta com todos nós que também temos nossos lutas em prol dos nossos sonhos. Parabéns pela determinação e fé em Deus. Gostaria de saber quais materiais você indica, vc participou de algum grupo de rateio? ]Começarei do zero. Obrigada!!
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